Cerca de dois mil trabalhadores da rede estadual de educação se concentraram no Conjunto Arquitetônico de Nazaré (CAN), na manhã desta terça-feira (24), para uma passeata rumo à sede da Secretaria de Estado de Administração, no bairro do Marco, em Belém. Uma comissão com 15 representantes dos trabalhadores, em greve desde ontem, será recebida pela secretária Alice Viana para discutir as reivindicações da categoria.
Desde o início da manhã, professores e outros trabalhadores da área educação se concentraram no CAN, onde receberam o apoio de alunos de escolas como Pedro Amazonas Pedroso, Ulisses Guimarães e Generalíssimo Deodoro. O estudante do convênio do colégio Pedro Amazonas Pedroso, Thiago Pereira, de 18 anos, foi um dos alunos que compareceu ao CAN para prestar solidariedade aos grevistas. 'Estamos apoiando totalmente a greve porque eles não estão brigando só por salários dignos. Querem melhorias nas escolas e não estão pensando só neles', disse o estudante.
Apesar da decisão judicial que suspendeu antecipadamente a greve, os trabalhadores decidiram ontem manter o início da paralisação. A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), Conceição Holanda, disse que a entidade foi notificada da decisão judicial nesta manhã e ainda hoje o advogado Walmir Brelaz entrará com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) alegando que a juíza Rosa Lúcia de Canelas Bastos não possui competência para definir sobre a greve.
O sindicato analisa também a possibilidade de entrar com representação contra a magistrada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Corregedoria do Estado e Organização Internacional do Trabalho (OIT) sob o argumento de que o direito à greve é garantido pela constituição federal. O Sintepp informou também que 70% das escolas da região metropolitana de Belém estão paradas. No interior, o percentual é de 40%.
Redação Portal ORM
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