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terça-feira, 23 de julho de 2013

VITÓRIA DO XINGU: SERVIDORES DE SAÚDE RECEBEM QUALIFICAÇÃO CONTRA DSTS E AIDS.


A secretaria municipal de saúde ofereceu durante os dias 23 e 24 de julho para os servidores da área de saúde, oficina de qualificação contra as DSTS, Aids E drogas, mais de oitenta profissionais de diversos setores participarão, o mais debatido entre os profissionais foram ás formas de transmissão do vírus da AIDS, e as formas de prevenção.



ROSÂNGELA PEREIRA - AGENTE DE ENDEMIAS 
Rosângela Pereira, Agente de endemias aprovou a iniciativa do governo municipal em qualificar os servidores, “è muito importante que o governo tenha esse olhar, e continue sempre disponibilizando sempre palestra como esta, nos servidores de saúde precisamos nos reciclar sempre” afirmou a profissional. O evento contou com a presença de profissionais das comunidades de Belo Monte, agrovila Leonardo da Vinci e sede.

Dados do Boletim Epidemiológico Aids 2010 reforçam tendência de queda na incidência de casos de Aids em crianças menores de cinco anos. Comparando-se os anos de 1999 e 2009, a redução chegou a 44,4%. O resultado confirma a eficácia da política de redução da transmissão vertical do HIV (da mãe para o bebê). Mas, em relação aos jovens, pesquisa inédita aponta que, embora eles tenham elevado conhecimento sobre prevenção da aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, há tendência de crescimento do HIV.

O município de Vitória do Xingu estará lançando no próximo dia 25 de julho na comunidade do Belo Monte o dia D da campanha contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTS), a campanha visa diminuir os casos registrados nos últimos anos no entorno das obras da usina hidroelétrica BELO MONTE.

O levantamento feito entre jovens, realizado com mais de 35 mil meninos de 17 a 20 anos de idade, indica que, em cinco anos, a prevalência do HIV nessa população passou de 0,09% para 0,12%. O estudo também revela que quanto menor a escolaridade, maior o percentual de infectados pelo vírus da Aids (prevalência de 0,17% entre os meninos com ensino fundamental incompleto e 0,10% entre os que têm ensino fundamental completo).

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NOTÍCIAS SOBRE O ASSUNTO.

ONGs do Pará alertam para crescimento da epidemia de aids no estado

Em nota enviada à imprensa, o fórum de ONGs/Aids do estado do Pará alerta para o aumento do número de casos de infecção pelo HIV no estado. Segundo o documento enviado por email, o Ministério da Saúde indica que o número de óbitos por HIV/aids em Belém, atualmente é duas vezes maior que a taxa brasileira, que é de 6,31 por 100.000 habitantes. De janeiro até junho de 2012, Belém teve uma taxa de 13,71 casos por 100.000 habitantes 


No período de 1980 a 2010, ocorreram 8.154 óbitos tendo como causa básica a aids, na Região Norte, sendo a maioria no Estado do Pará (4.186 óbitos; 51,3%), no Amazonas (2.117; 26%), e em Rondônia (820; 10,1%). No ano de 2010, ocorreram 923 óbitos na Região Norte, sendo 480 (52,0%) no Pará, 277 (30,0%) no Amazonas, 71 (7,7%) em Rondônia, 37 (4,0%) no Tocantins, 32 (3,5%) em Roraima, 14 (1,5%) no Acre e 12 (1,3%) no Amapá. 
2.


Com relação aos homens, de acordo com os dados fornecidos pelo DAME-HUJBB, a taxa de óbitos por aids, que em 2010, foi de 77/65% caiu levemente para 71,87% em 2011, atingindo o valor alarmante de 46,51%, só no primeiro semestre de 2012. 

Considerando que o hospital HUJBB é referência regional no atendimento de pacientes com aids, e que vários casos tem o diagnóstico definido apenas na internação hospitalar, constata-se que a rede básica de saúde do município de Belém não é eficiente na detecção precoce do HIV. O diagnóstico tardio é uma realidade em Belém. No Hospital Barros Barreto de cada três altas de aids uma delas é por óbito, nos três últimos anos.

O diagnóstico tardio compromete severamente o tratamento do paciente, já que este é admitido no hospital com um quadro clínico gravíssimo. Muitas vezes o usuário descobre não apenas uma doença oportunista grave, mas a sua própria condição de soropositivo já no hospital. 

Considerando que 42% das mulheres e 25% de homens investigados, no período de 2010 ao 1° semestre de 2012, procedem do interior do Estado, isso indica a deficiência de diagnóstico de HIV no interior do Estado do Pará. O Estado, que possui 144 municípios, registra apenas 57 CTA’s, sendo 7 na região metropolitana e 50 para atender aos demais municípios paraenses, significando que 2/3 do Estados estão sem cobertura para o diagnóstico de HIV-Aids.
No período de 1998 a 2010, pode-se observar um aumento na taxa de incidência de aids na Região Norte, passando de 6,1/100.000 habitantes em 1998 para 20,6 em 2010, o que corresponde a um crescimento de 237,7%. No Pará, em 2010, a taxa de incidência de aids, aumentou para 19,5; ultrapassando a média nacional (17,9).

Belém (41,3) é a 3° capital em incidência de casos de aids na Região Norte. E nos municípios com mais de 50 mil habitantes, destacam-se: Paragominas/PA (54,2), Benevides/PA (40,7), Redenção/PA (35,7), Marituba/PA (32,3), Ananindeua/PA (27,5), e Bragança/PA (27,4). 

LEITOS
O Pará tem um hospital de referência para tratamento de HIV/aids, o Hospital Universitário João de Barros Barreto, do SUS, que dispõe de um total de 30 leitos para a síndrome. Em Belém, mais quatro hospitais públicos oferecem leitos do SUS para HIV, são eles: Hospital de Clínicas (4 leitos), Fundação Santa Casa (4 leitos), Hospital Dom Luis – Beneficência Portuguesa (2 leitos), Hospital da Ordem Terceira ( 2 Leitos) totalizando 42 leitos de HIV aids para a capital do Estado, Belém, para onde se dirigem a maioria de usuários. 

Apenas dois hospitais privados destinam leitos para tratamento de casos de HIV/aids, são eles: Hospital Porto Dias (2 leitos) e Hospital Adventista de Belém (3 Leitos).

No interior do Estado estão 26 leitos disponíveis para o SUS, em diferentes hospitais nas cidades de Alenquer, Altamira, Ananindeua, Aurora do Pará, Barcarena, Bragança, Castanhal, Marabá, Marituba, Redenção, Santarém e Tucurui. Todo o SUS no Estado do Pará dispõe, em dados oficiais, de 68 leitos, sendo 42 na capital e 26 no interior. 

Considerando, portanto, que só existem 68 leitos hospitalares para pacientes HIV em todo o Estado, que tem uma população de 7.065.573 habitantes pode-se dimensionar a extensão da tragédia e compreender porque aids ainda significa morte na mentalidade dos paraenses.


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