JUSTIÇA MANTER PRISÃO DE EX-DELEGADO QUE MATOU A ESPOSA.

A Justiça do Pará decidiu na última segunda-feira (17), manter preso o delegado suspeito de assassinar a esposa no dia 2 de abril na rodovia BR-316, perto do município de Capanema, região nordeste do Pará. O delegado Francisco Pinto está preso desde o dia do crime, após a morte da mulher com um disparo de arma de fogo.

 Desembargadores das Câmaras Criminais Reunidas negaram o pedido de habeas corpus da defesa do delegado. A decisão acompanhou o voto da desembargadora Maria de Nazaré Gouveia dos Santos, relatora do habeas corpus.

A defesa do delegado envolvido em crime de violência familiar sustentou na sessão ordinária  que o delegado teria condições para responder ao processo penal em liberdade. Entre os argumentos, o advogado alegou o fato de ele ser servidor público, ter emprego fixo e residência também fixa.

Ainda de acordo com a defesa, o delegado argumentou que o delegado estaria abalado psicologicamente e não teria condições de permanecer na penitenciária onde se encontra, requerendo aos desembargadores prisão domiciliar, onde poderá dispor de atendimento médico e tratamento especializado. A defesa ressaltou que o delegado tem uma filha de 5 anos, que ficou órfã e estaria precisando do pai.

No entanto, a relatora considerou o fato do advogado não ter juntado ao pedido do habeas corpus um laudo médico e documentos comprovando que o preso está com a saúde debilitada. Ela disse que não ficou comprovada a falta de atendimento médico pela casa penal.

Entenda o caso
O delegado de polícia seguia no dia 2 de abril em um carro com a mulher na rodovia BR-316, nas proximidades do município de Capanema, nordeste do Pará, quando teria feito os disparos de arma de fogo contra a esposa. Ela não resistiu e morreu. Ele foi preso em flagrante e encaminhado na mesma noite para o presídio de Americano.

Moradores da localidade chamaram a polícia, que encontraram o delegado na mata. Ao ser encontrado pelos policiais, o delegado teria confessado o crime. O suspeito era delegado titular de Augusto Corrêa e atuava como delegado há 12 anos. Ainda não se sabe as motivações do crime, mas o casal estaria enfrentando problemas no casamento.

g1 pará