O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta segunda-feira
(26) que vai ouvir o comandante da Força Nacional em Altamira, no sudoeste do
Pará, para apurar as denúncias de agressão a um grupo de índios que tentaram
entrar nos canteiros de obra da usina de Belo Monte neste domingo (25). De acordo com as denúncias, cerca de vinte índios
Xikrin entraram desarmados para conversar com representantes da Norte Energia
S.A, empresa responsável pela construção e operação da usina, mas teriam sido
recebidos com bombas e balas de borracha por homens da Força Nacional de
Segurança, e três índios
ficaram feridos. O G1tentou contato com a Força Nacional e aguarda
posicionamento.
De acordo com o MPF, esta não é a primeira denúncia de supostos
abusos de homens da Força Nacional dentro dos canteiros de Belo Monte, e
investiga a legitimidade da ação após receber relatos de trabalhadores das
obras da usina. O órgão informou que vai solicitar à Procuradoria Geral da
República que requisite, junto ao Ministério da Justiça, informações sobre os
limites, objetivos e justificativas para a presença da Força Nacional nas
obras. Após as denúncias desta segunda, a investigação do MPF passou a ser criminal.
De acordo com as lideranças indígenas, um índio Kaiapó levou um tiro
de bala de borracha na perna e dois índios da étnica Xicrin foram feridos na
barriga e no pé. O MPF solicitou à Fundação Nacional do Índio (Funai) que os
feridos sejam encaminhados para exame de corpo de delito ainda nesta segunda. Após o conflito,
as lideranças indígenas decidiram reforçar o protesto que é realizado desde a
última quinta-feira (22) na região, e outros 100 índios chegaram à rodovia
Transamazônica.
Entenda
o caso
Índios e ribeirinhos exigem agilidade da Norte Energia na execução do plano básico ambiental, uma das condicionantes para a construção da usina de Belo Monte, como por exemplo, a construção de de postos de saúde e escolas nas aldeias. De acordo com os índios, a empresa firmou compromissos durante ocupações anteriores que jamais sairam do papel. Os manifestantes impedem o acesso de operários aos canterios de obras desde quinta, permitindo apenas a passagem de veículos não relacionados às obras. Durante o protesto de sexta-feira (23) um ônibus foi incendiado, e o caso está sendo investigado pela polícia.
Índios e ribeirinhos exigem agilidade da Norte Energia na execução do plano básico ambiental, uma das condicionantes para a construção da usina de Belo Monte, como por exemplo, a construção de de postos de saúde e escolas nas aldeias. De acordo com os índios, a empresa firmou compromissos durante ocupações anteriores que jamais sairam do papel. Os manifestantes impedem o acesso de operários aos canterios de obras desde quinta, permitindo apenas a passagem de veículos não relacionados às obras. Durante o protesto de sexta-feira (23) um ônibus foi incendiado, e o caso está sendo investigado pela polícia.
A
norte energia informou que a empresa assinou com a funai o termo de compromisso do projeto básico ambiental-componente
indígena. O documento, de acordo com a empresa, firma acordo para a realização
de ações que beneficiam 11 aldeias da região. A Justiça determinou que os
índios desbloqueiem os acessos aos canteiros de obras ainda nesta
segunda-feira.
G1 pará
Nenhum comentário:
Postar um comentário